segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Terramater Limited Reserve Cabernet Sauvignon


Depois de algum tempo viajando, aos poucos vou retomar as atualizações do blog, começando por mais um dos vinhos que comprei no empório vinis, lá em Itatiba.

Agora só me sobraram as garrafas da linha superior, a Limited Reserve e resolvi começar pelo bom e velho cabernet sauvignon.

O Vinho: Terramater Limited Reserve

Safra:2006

Uvas:100% Cabernet Sauvignon

Comentários:
Na taça apresentou uma bonita coloração rubi profundo com reflexos violáceos e uma aura levemente alaranjada, mostrando sinais claros de evolução.

No nariz mostrou aromas potentes que lembravam frutas maduras, ameixas, bastante baunilha com um toque de defumado e de especiarias.
Os aromas são tão potentes que poder ser sentidos mesmo longe da taça.

Na boca tinha corpo médio com taninos bem amacidos e uma acidez corretíssima.

Não deixa amargor final na boca e deixou um fundo de taça com aromas frutados e defumados.

Na minha opinião, este é um ótimo vinho, elegante e equilibrado.Um estilo de vinho que eu adoro e vale cada centavo pago nele.


segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Villaggio Grando - Chardonnay 2008


Nos planaltos da região de Herciliópolis, Santa Catarina, existe uma vinícola que foi iniciada lá pelos anos 90 e desde então vem produzindo bons vinhos nacionais a partir de seus vinhedos situados a 1300m de altitude.

Esta é a Villagio Grando.
Mais uma vez, em minha busca por novos rótulos acabei adquirindo 3 garrafas dos vinhos produzidos por eles que aos poucos vou postando aqui. O primeiro é este...

O Vinho: Villaggio Grando Chardonnay

Safra: 2008

Uvas: 100% Chardonnay

Comentários:
Na taça apresentou uma cor dourada, muito bonita, brilhante e límpida.

Os aromas foram de média intensidade, boa persistência e eram levemente adocicados, lembrando abacaxi e pêssegos em calda com alguns toques minerais.

Na boca era levemente untuoso, com um corpo leve e uma boa acidez, deixando o conjunto bem equilibrado e a boca salivando mais a cada gole.

Ao meu ver, a Villaggio está fazendo um bom trabalho lá no sul e por esse motivo está conseguindo produzir este vinho, que é simples mas com um conjunto que agrada bastante.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Marco Luigi Espumante Moscatel

Como já disse em um post anterior, nossos amigos da Vinicola Marco Luigi foram muito gentis e atenciosos em enviar algumas garrafas para eu conhecer.

Particularmente este vinho eu já conhecia e já havia gostado em uma ocasião anterior.
Esta serviu só para confirmar oque eu já sabia...

O Vinho: Marco Luigi Espumante Moscatel

Safra: 2007

Uvas: 100% Moscatel

Comentários:
Um vinho com a coloração palha, sem reflexos e uma perlage média e não muito fina.

No nariz, logo de cara apareceram aromas adocicados, com toques cítricos e notas de maçã verde e uva itália.

Na boca mostrou-se um vinho adocicado mas sem ficar enjoativo, com uma baixa acidez, formando um conjunto equilibrado que acaba agradando muito, inclusive quem não é muito fã de vinhos.

Na minha opinião este é um dos espumantes moscatel que mais me agradaram até hoje. Fácil de beber, adocicado e macio. Vale a pena provar.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Um Gole no Mar - por Elmo Dias


Um Gole no Mar - por Elmo Dias

Acordei muito cedo, com aquela sensação de suplício e de injustiça que só acordar com muito sono pode trazer.

Já deveria estar acostumado, pois o pescador é um tolo auto-punitivo, um masoquista, por assim dizer, já que escolhe como passatempo algo que sempre se faz de mãos sujas, acompanhado de mosquitos ou de sol causticante, e que tem um resultado quase incerto.

A tralha estava arrumada, a máquina de fotografia a postos, mas dessa vez eu levava umas coisas diferentes: uma faca de sashimi, uma pinça de aço, uma mistura pronta de shoyu, raiz forte e gengibre picada e uma garrafa de Terrunyo Sauvignon Blanc 2007.
Ao chegar na praia, fiquei olhando os barcos mal pintados, de cores vivas e velhas, o vento frio de Guaratuba maltratando minhas canelas.

Seu João Galinha, caiçara de sombrancelhas espessas e cheios de pelos no nariz, trazia a traineira de madeira em direção da praia, pra como sempre jogar a proa em cima da areia pra gente subir.

“Bom dia, só três hoje?” - ele perguntou, olhos negros, afundados no couro curtido pelo sal e pelo sol.

“Só, mas quem insiste é que tem sorte!” - eu tentei rir, o cheiro frio da maresia me tomando as ventas.

Subimos com dificuldade no barco, a madeira inchada, as poitas de ferro cobertas de ferrugem marrom, as redes enfiadas sem ordem embaixo da amurada de escolher camarão.
César e Marcos, meus companheiros de madruguice, sentaram e começaram a tentar arrumar suas varas para fundeio, enquanto o motor de centro enchia nossos ouvidos com seu bater de pistões e nossos narizes com o cheiro de diesel.

A baleeira de nove metros moveu-se como que pedindo licença às dezenas de barcos dorminhocos na entrada da baía de Guaratuba, e prumou o mar aberto, passando pela barra e pelos bancos de areia.

Sempre quis pensar no seu João Galinha como o Lobo Larsen da literatura, mas suas camisetas apertadas na barriga proeminente e dura e seus chinelos de dedo lhe tiravam qualquer mérito para ser chamado Velho Lobo do Mar.

Coloquei o vinho dentro do isopor , e fiquei lembrando das críticas do Patrício Tapia rasgando elogios ao Sauvignon, ao mesmo tempo que tirava o vinho de sua nobreza, o colocando pra conhecer a vida real, ao lado da garrafa térmica desgastada de café do pescador, alaranjada e feia.

Por ali, siris secos, escamas avulsas e linhas de pescar velhas.

Era um desrespeito divertido ao ótimo vinho, mas tudo aquilo ainda dependia do peixe, fosse ele qual fosse.

Equipamento pronto, desci a linha na popa do barco, e deixei a isca artificial de barbela comprida e corpo fusiforme negro penetrar a flor da água.

Dei uns trinta metros de linha, e travei a manivela da carretilha, fazendo com que a ponta da vara envergasse pelo mergulho que a isca fez ao longe, descendo na coluna de água.

O sol nascia nas minhas costas, o vento salgado esfriava minhas orelhas, e eu, estranhamente, nem queria pegar nada relevante naquela hora.

Me sentia pescando em função de uma garrafa de vinho, uma sensação curiosa e desconfortável, quase uma vigilância sem autor.

Vinte minutos depois, o soco.

A ponta da vara dobrou-se para baixo, gritei para o caiçara colocar na lenta.
A linha começou a espremer-se pra fora da carretilha, usando seu freio.

No corrico, a pegada do peixe quase sempre parece que a garatéia colidiu com algo, e não que algo a pegou.

Mas depois você começa a recolher, usando sua força e a velocidade do barco, em marcha lenta, tem a deliciosa sensação de que algo vivo está na ponta da linha.

O coração sempre se manifesta, em taquicardia ansiosa.

Curvei-me algumas vezes, recolhendo a linha enquanto trazia o peixe com o movimento do corpo e da vara, me lembrando que tudo nessa era da humanidade parece ser técnica aplicada.

Bom aluno, depois de uns minutos pude ver as costas pretas da cavala, o corpo longo e roliço, tentando livrar-se da isca.

Subiu do fundo, agitou-se, correu entre os reflexos de luz fraca na água verde, e por fim veio ao barco.

Rimos, comemorando, com as zombarias naturalmente rudes de pescadores amadores, e joguei o belo peixe no gelo.

Sentei-me na madeira da amurada, e fiquei olhando os olhos grandes e os dentes afiados e numerosos na boca do bicho.

Os dentes dos peixes sempre me fascinaram, desde menino olhava os peixes assados e ficava roçando os dedos em sua dentição.

De qualquer modo, era cedo demais, e a cavala não servia para o que eu queria.
O barco continuou compenetrado em nos levar mais longe, estourando pelo cano de escape seus rebombos barulhentos, até que seu João Galinha diminuiu a marcha, enquanto olhava para terra dos dois lados que a víamos, no ângulo de noventa graus que as praias de Guaratuba e Caiobá faziam.

Muito antes do GPS, os pescadores artesanais cruzavam visualmente elementos que podem visualizar para encontrar os pesqueiros.

Nosso guia achou o ponto, desligou o motor e jogou a âncora.

Fiquei observando os nós que fazia com a corda peluda da poita, depois a corda se esticando, a madeira do barco toda estalando, como que se alongando.

A sensação é sempre de que a corda vai estourar ou o barco vai desmontar.

Paramos sobre o casqueiro, um local onde a lama do fundo está coberta por pedras pequenas.

Espetamos nossos camarões mortos no anzol e descemos as linhas.

A chumbada bate no fundo, você dá uma volta da manivela, deixa a linha tensa e espera o “choquinho“.

Todo pescador é um moleque sonhador, que tem a nítida sensação de que um peixe de duzentos quilos está de boca aberta no fundo, e que sua linha vai cair direto na goela do bicho, e, na primeira tentativa do dia, algo grandioso vai acontecer.

Coisas realmente acontecem, mas só se ouve contar e nunca se presencia.

Ficamos ali, naquele silêncio compenetrado, esperando o tremelique para a fisgada.

Caí em absorção de pensamentos, e olhei para o rosto redondo do caiçara, que desenrolava uma linha de mão grossa como uma corda de raquete.

Seu João Galinha, há mais de vinte anos no mar, um dia me confessara que não sabia nadar.

Nem nunca tentara.

Ele conhecia a condição do tempo que amanheceria pelas estrelas e pelas nuvens, sabia truques para pegar todo tipo de peixe, podia contar histórias magnéticas sobre peixes centenários e gigantescos, mas não sabia nadar.

Depois de algum tempo, os peixes apareceram.

Esparsos, pequenos e médios, divertidos, fujões, inconstantes.

O sol fez seu trabalho, esquentou nossos bonés e avermelhou nossa pele, mas nada do peixe que eu queria.

Robalos, pescadas amarelas, linguados, atuns, nenhum desses se pegava ali.

Comecei a questionar meu plano com o Terrunyo.

Mais ou menos quando eu pensava em decidir por tomar o Sauvignon sem peixe, um cardume de betaras nos acolheu.

Como se diz na pescaria, não dava tempo.

A isca não chegava ao fundo, era tragada em corrida antes que a linha esticasse com o peso da chumbada.

Pique de peixe.

O frenesi trazia duas, três betaras de cada vez.

Como de costume, eu devolvia praticamente todas, exceto as que me pareciam parrudinhas.

Em dez minutos, as quatro linhas na água já haviam recolhido umas 50 betaras, e soltado, mediante impropérios exigentes que eu fazia, umas outras 50.

Quando o ritmo diminuiu, a adrenalina foi baixando, os espaçosde tempo entre as mordidas ficando maiores.

Eu estava já pensando em mudar de pesqueiro, quando uma pancada me deu um leve susto na linha.

Fisguei e comecei a brigar com o peixe.

A carretilha zunia preguiçosa, a linha corria sem tanta velocidade, mas aquilo não era uma betara como as que estavam no cardume.

Quatro ou cinco minutos depois, o corpo verde do baiacu-arara mostrou-se ao sol.

“É um jalefa de um baiacu!”- gritou seu João Galinha - “não vai perder o bicho!”
O peixe brigou mais um pouco, o recolhi com o passaguá.

O papo de um branco creme muito suave inchou muito, ficou do tamanho de uma bola de futebol de salão.

Os dentes maciços, que lhe fazem parecer ter um sorriso de coelho, não haviam conseguido cortar a linha.

“Vai querer?” - perguntou seu Joao Galinha, nitidamente interessado no peixe - “isso é a melhor carne que tem”.

O bicho devia pesar uns 3 quilos. Peguei minha faca pra cortar o couro, mas vi que não iria conseguir nada com uma faca de sashimi.

“Você sabe limpar baiacu?” - me perguntou o pescador - “se estourar a bolsa de veneno perde a carne toda”
Como um garoto contrariado, dei o peixe pra ele.

Degolou o baiacu, com uma faca velha de pouco fio, e depois tirou orgulhoso a bolsa preta das tripas do bicho.

“Tá aqui o veneno” - ele exibiu o saquinho escuro, enquanto terminava de transformar o peixe num bloco sólido de carne branquíssima.

“Vai levar assim?” - me passou o filé.

“Não, vamos comer agora..!”

Me olhou desconfiado.

Peguei a tábuazinha de madeira que tinha trazido, firmei na superfície da proa, e fiz as fatias mais finas que pude.

A carne parecia pulsar.

Joguei as fatias no gelo de um isopor pequeno e limpo que havia trazido, e então coloquei a mistura de shoyu, raiz forte e gengibre num tupperware.

Busquei o vinho, tirei a rolha com meu canivete.

“Marcos, César, larguem essas varas, quero que experimentem isso”.

Peguei umas taças de vidro grosso que tinha trazido, derramei o vinho de amarelo sutil nas taças.

Dei uma pra cada um, incluindo seu João Galinha.

“Gosta de vinho?” - perguntei.

“É doce?”

“Experimente”

Fez uma careta com a acidez.

Tirei as fatias de baiacu do gelo, mergulhei no molho.

Coloquei tudo sobre a tampa do motor e disse que se servissem.

Cheirei o vinho, frutas cítricas, algo vegetal.

Olhei para o fim do mar, marzão espelhado, o horizonte abotoando céu e mar, um azul macio.

Um silêncio absoluto, o ar tão puro que chegava a afogar a respiração.

Dei um gole cheio, deixei a Sauvignon bem fria inundar a boca.

Olhei para o seu João Galinha, e brindei, rindo.

Ele levantou a taça, junto com os outros.

“E isso é pra beber com baiacu?” - ele perguntou, rindo, sarreando…

“Ô se é, ô se é…” - eu respondi, espetando uma fatia da carne tenra, viva e temperada, mastigando-a com certa luxúria, pra depois deixar o vinho fresco cobrir minha língua com toda a autoridade do terroir e da uva.

Elmo Dias é advogado civilista, presidente da Afavep, pescador, tenista, enófilo e cronista nas horas vagas (bem vagas)

terça-feira, 10 de novembro de 2009

O Vinho e a Pintura! Toulousse-Lautrec

Henri Marie Raymond de Toulouse-Lautrec Monfa, nasceu em Albi, na França, em Novembro de 1864 e morreu em Setembro de 1901. Retratou como ninguém a vida boêmia de Paris. O que será que tinha nesse copo vazio?

Fonte:www.papodevinho.blogspot.com

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Brunello di Montalcino - Innocentti


Mais uma ocasião especial para mim.
Desta vez foi a comemoração do meu quarto aniversário de casamento.
Como não poderia deixar de ser, para comemorar, novamente tirei da adega uma das minhas melhores garrafas que eu tinha.

Um Brunello di Montalcino que trouxe da Itália no ano passado.

O Vinho: Brunello di Montalcino - Innocenti

Safra: 2002

Uvas: 100% Sangiovese

Comentários:
Vermelho profundo com aura alaranjada, mostrando sua evolução em barricas de carvalho.

Aromas de média intensidade onde se destacaram as frutas maduras com um forte aroma floral, com toques de especiarias, defumado e hortelã.

No palato mostrou um corpo médio com taninos bem amaciados, mas com uma acidez um pouco elevada.
Essa característica me fez acreditar que essa garrafa merecia ter ficado guardada por mais alguns anos antes de ser aberta.
Depois de uma hora e meia de decantação, o vinho melhorou muito e ficou muito mais equilibrado.

Apesar de ter aberto esta garrafa precocemente, gostei muito do vinhoe com certeza é uma ótima pedida para ocasiões especiais, mas se você comprar uma garrafa dessa mesma safra vale a pena deixa-la guardada por mais alguns anos antes de abrir.
Com certeza você não irá se arrepender.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Lagarde Classico

Em todo lugar que vou , fico sempre de olho para ver se encontro alguma promoção de vinhos.
Este aqui acabei encontrando em um supermercado proximo de casa, e pelo baixo custo acabei comprando para ver oque havia nessa garrafa.

O Vinho: Lagarde Clássico

Safra: 2007

Uvas: 100% Cabernet Sauvignon

Comentários:
Vermelho brilhante levemente translúcido e halo também avermelhado.

Na taça mostrou-se um vinho frutado, com aromas de média potência que lembram frutas vermelhas frescas com um toque de mentolado.

Na boca tinha corpo médio, com taninos macios e acidez correta, mas um pouco quente por causa dos seus 14% de alcool.

Deixou um retrogosto frutado mas pouco persistente e no fundo de taça ficou um leve toque de fumaça.

Na minha opinião é um bom vinho para o dia a dia.
Pelo preco baixo, eu esperava menos.Surpreendeu.
Um vinho simples mas honesto.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Amancaya 2006


Já escrevi aqui no blog várias vezes que foram poucos os vinhos que eu gostei a ponto de comprar mais de uma garrafa, e este foi um deles.

Este argentino é produzido na região de Mendoza pela Bodegas Caro ,que é nada mais nada menos do que uma parceria entre a argentina Catena Zapata e o francês Barons de Rotschild, proprietário do mundialmente conhecido Chateau Latife.

O Vinho: Amancaya

Safra: 2006

Uvas: 60% Cabernet Sauvignon e 40% Malbec

Comentários:
Cor violeta profundo com aura rosada.
Brilhante e levemente translúcido.

Aromas potentes que lembravam frutas frescas, groselha e frutas maduras, com notas de grama molhada e amêndoas.

Na boca apresentou corpo médio com taninos suaves e acidez correta.

Uma boa persistência e fundo de taça com aromas frutados.

Na minha humilde opinião este é um vinho macio e harmonioso que vale cada centavo investido nessa compra.
Ao meu ver, este é um argentino com alma francesa!

terça-feira, 3 de novembro de 2009

O Vinho e a Pintura! Veronese


Paolo Veronese nasceu em Verona provavelmente em 1528 e morreu em Veneza em 1588.

O nome Veronese foi incorporado por ele pelo fato de ter nascido em Verona e ser conhecido por "Il Veronese". O nome de batismo era Paolo Caliari. Também pintou "A Últim Ceia". Está no Museu de Brera, em Milão. Foi pintado em 1585.

Fonte:www.papodevinho.blogspot.com

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Niepoort Colheita 1976


Como já havia escrito no post do barolo (relembre) , sempre procuro uma data de comemoração para abrir um bom vinho, e no meu aniversário resolvi abrir uma relíquia que eu tinha na minha adega...um vinho do mesmo ano que eu nasci!

Certo dia resolvi que queria provar um vinho da minha "safra", por pura curiosidade em provar um vinho com mais de 30 anos.

Após muito pesquisar nas grandes (e pequenas) importadoras, encontrei algumas opções interessantes, mas na época o único vinho que cabia no meu orçamento era este aqui.


O Vinho: Porto Niepoort Colheita

Safra: 1976

Uvas: Não encontrei referencia (se alguém encontrar, por favor me avise!)

Comentários:
Na taça mostrou uma bonita cor âmbar, translúcido com aura marrom alaranjada.

Aromas potentes com o álcool sobressaindo, lembrando as amêndoas com um toque de resina e bem adocicado.

Na boca era quente no primeiro gole, mas em seguida mostrou-se macio, aveludado e doce com um toque cítrico.

Deixou no fundo da taça um aroma de fumaça e caramelo e na boca deixou um retrogosto cítrico com uma persistência "infinita".

Particularmente não sou um grande conhecedor dos vinhos do porto, mas posso dizer que adorei esta garrafa.

Um verdadeiro vinho de meditação.
Vale a pena comprar uma outra garrafa, caso eu encontre.